“A Comunicação Não-Violenta se
desenvolveu a partir da minha tentativa de ficar consciente do que é essa
Energia Divina e como ficar conectado com ela.”
Abaixo, trecho do livro “Spiritualité Pratique” (Ed. Jouvence)
de Marshall Rosemberg
1) A
espiritualidade é importante no processo da Comunicação Não-Violenta?
Eu penso
que é importante que as pessoas vejam que espiritualidade é a base da
Comunicação Não-Violenta e que elas aprendam a mecânica do processo com isso em
mente. É realmente uma prática espiritual que estou tentando mostrar como um
caminho de vida. Mesmo que não mencionemos isso, as pessoas são seduzidas pela
prática. Mesmo se a pratiquem como uma técnica mecânica, elas começam a
experimentar coisas entre elas mesmas e as outras pessoas que não eram capazes
de experimentar antes. Então finalmente elas chegam à espiritualidade do
processo. Elas começam a ver que isso é mais que um processo de comunicação e
percebem que é realmente uma tentativa de manifestar uma certa espiritualidade.
Então eu tentei integrar a espiritualidade no treinamento num jeito que atende
à minha necessidade de não destruir a beleza dela através de abstrações
filosóficas.
2) O que Deus significa para você?
Eu preciso de um modo de pensar em
Deus que funcione para mim, outras palavras ou caminhos para olhar para essa
beleza, essa poderosa energia, e então meu nome para Deus é “Amada Energia
Divina”. Por um tempo foi somente Energia Divina, mas então eu estava lendo
algo sobre as religiões orientais, e poetas orientais, e eu amei como eles têm
essa conexão pessoal amorosa com essa Energia. E eu achei que aquilo me levava
a chamar Deus “Amada Energia Divina”. Para mim essa Amada Energia Divina é
vida, conexão com a vida.
3) Qual é seu
caminho favorito de reconhecimento da Amada Energia Divina?
É o jeito como eu me conecto com seres
humanos. Eu conheço a Amada Energia Divina conectando-me com os seres humanos
de certo modo. Eu não vejo a Energia Divina, eu saboreio a Energia Divina, eu
sinto a Energia Divina e EU SOU a Energia Divina. Estou conectado com a Amada
Energia Divina quando eu me conecto com os seres humanos de certo modo. Então
Deus está muito vivo para mim. Também falando com as árvores, falando com os
cachorros e porcos, estes são alguns dos meus caminhos favoritos.
4) Como você desenvolveu a Comunicação
Não-Violenta?
A Comunicação Não-Violenta se
desenvolveu a partir da minha tentativa de ficar consciente do que é essa
Energia Divina e como ficar conectado com ela. Eu estava muito insatisfeito com
a psicologia clínica porque é baseada na patologia e eu não gostava dessa
linguagem. Então, após ter me formado eu decidi ir mais além na direção de Carl
Rogers e Abraham Maslow. Eu decidi olhar esse lado e perguntar a mim mesmo a
assustadora pergunta: “O que nós somos e o que pretendemos ser?” Eu achei que
havia muito pouca coisa escrita sobre isso em Psicologia. Então eu fiz um curso
de Religiões Comparadas porque eu vi que elas falavam mais sobre essa questão.
E a palavra “amor” aparecia em cada uma delas.
Eu costumava ouvir a palavra AMOR como muita gente usa no sentido
religioso: “Você deve amar todo mundo”. Eu ficava realmente abusado da palavra
amor. “Oh sim, eu cogitaria de amar Hitler?” Eu não conhecia as palavras
“Bobagem da Nova Era”, mas eu usava a que era meu equivalente para elas. Eu
tentava entender melhor o que significa amor porque eu podia ver que tinha
muitos significados para muitos milhões de pessoas em todas aquelas religiões.
O que é e como se faz esse ‘amor’?
A Comunicação
Não-Violenta realmente se revelou na minha tentativa de compreender esse
conceito de amor e como manifestá-lo, como fazê-lo. Eu cheguei à conclusão que
não era somente alguma coisa que você sente, mas é alguma coisa que
manifestamos, alguma coisa que fazemos, alguma coisa que temos. E o que é essa
manifestação? É dar de nós mesmos de um
certo jeito.
5) O que você quer
dizer com “dar de nós mesmos?”
Para mim,
dar de nós mesmos significa uma expressão honesta do que está vivo em nós neste
momento. Intriga-me por que cada cultura saúda a outra “Como está você?” Essa é
uma questão tão importante. Que presente é ser capaz de saber a cada dado
momento o que está vivo em alguém.
Dar um presente a alguém é uma manifestação de amor. É
quando você revela a si mesmo nua e honestamente, em dado momento, sem outro
propósito senão como um presente do que está vivo em você. Sem acusação, sem
crítica ou punição. Simplesmente “Aqui estou e aqui está o que eu gostaria”.
Essa é a minha vulnerabilidade neste momento. Para mim, isso é um jeito de
manifestar amor.
E o outro jeito que nós nos damos é através de como
recebemos a mensagem da outra pessoa. Recebê-la com empatia, conectando-nos com
o que está vivo nela, não fazendo julgamentos. Somente ouvir o que está vivo na
outra pessoa e o que ela gostaria. Então, a Comunicação Não-Violenta é
simplesmente a manifestação do que eu entendo que seja Amor.
6) A Comunicação Não-Violenta se revelou no
seu desejo de manifestar amor?
Eu também fui ajudado por pesquisa
empírica em psicologia que definiu as características de relacionamentos
saudáveis e pelo estudo de pessoas que estavam vivendo manifestações de amar
pessoas. Fora esses recursos eu empurrei junto esse processo que me ajudou a
conectar-me com pessoas no qual eu pude entendê-las de um jeito amoroso. E
então eu vi o que aconteceu quando eu me conectei com as pessoas desse jeito.
Essa beleza, esse poder, me ligaram à Energia que eu escolhi chamar de Amada
Energia Divina. Assim, a Comunicação Não-Violenta me ajuda a ficar conectado
com essa bela Energia Divina dentro de mim mesmo, com a Energia Divina nos
outros, e o que acontece então é o mais próximo que eu conheço do que seja
estar conectado com Deus.
7) Como você evita que o Ego interfira em
sua conexão com Deus?
Vendo o Ego como a coisa mais
estreitamente ligada ao jeito que a minha cultura me treinou a pensar e me
treinou a comunicar-me. E como a cultura me treinou para atender às minhas
necessidades de certo modo, para ter minhas necessidades misturadas com certas
estratégias, eu devo atender às minhas necessidades. Então eu tento permanecer
cônscio desses três caminhos que a cultura me programou para fazer coisas que
realmente não são do meu maior interesse, para funcionar mais no Ego que na
minha conexão com a Energia Divina. Tenho tentado aprender meios de treinar a
mim mesmo para estar consciente quando estou pensando nesse jeito culturalmente
aprendido e tenho incorporado isso na Comunicação Não-Violenta.
8) Então você acredita que a linguagem de
nossa cultura nos impede de conhecer nossa Energia Divina mais intimamente?
Oh, sim. Definitivamente. Eu acho que
nossa linguagem torna isso realmente difícil, especialmente a linguagem que nos
é dada pelo treinamento cultural que a maioria de nós segue, e as associações
do que “Deus” cria para as pessoas. O pensamento julgador, ou do certo/errado é
uma das coisas mais difíceis que tenho encontrado para conseguir ensinar
Comunicação Não-Violenta por todos esses anos. As pessoas com quem trabalho tem
vindo todas de escolas e igrejas e é muito fácil para elas, se gostam da
Comunicação Não-Violenta, dizer que esse é o jeito ‘certo’ de se comunicar. É
muito fácil pensar que a Comunicação Não-Violenta é o objetivo.
Eu modifiquei uma parábola budista que se relaciona com essa
questão. Imagine um local lindo, íntegro e sagrado. E imagine que você poderia
realmente conhecer Deus quando estivesse nesse lugar. Mas há um rio entre você
e esse lugar e você gostaria de alcançar esse lugar, mas você tem que transpor
esse rio para chegar lá. Então você obtém uma balsa, e essa balsa é uma
verdadeira ‘mão na roda’ para levar você do outro lado do rio. Uma vez cruzado
o rio, você pode caminhar o resto de muitas milhas para esse lindo lugar. Mas a
parábola budista termina dizendo que “aquele é um tolo que continua carregando
a balsa nas costas no lugar sagrado”.
A Comunicação Não-Violenta é uma ferramenta para me fazer
superar meu aprendizado cultural de modo que eu possa alcançar aquele lugar.
Não é o lugar. Se ficamos apegados à balsa, fica mais difícil chegar ao lugar.
As pessoas que somente aprendem o processo de Comunicação Não-Violenta podem
esquecer tudo sobre paz. Se ficam muito presos à balsa, o processo torna-se
mecânico.
A Comunicação Não-Violenta é uma das ferramentas mais
poderosas que eu encontrei para conectar-me com pessoas num modo que me ajuda a
ficar num lugar onde estamos conectados com o Divino, onde o que fazemos para o
outro provém da Energia Divina. Esse é o lugar onde eu quero estar.
9) Essa é a base espiritual da Comunicação
Não-Violenta?
A base
espiritual para mim é que eu estou tentando conectar a Energia Divina nos
outros e conectá-los com a Energia Divina em mim, porque eu acredito que quando
estamos realmente conectados com essa Divindade dentro de cada um e de nós
mesmos, aquela pessoa desfruta contribuindo para o bem estar de outro mais que
qualquer outra coisa. Então para mim, se estamos conectados com o Divino nos
outros e em nós mesmos, vamos aproveitar o que acontece, e essa é a base
espiritual. Nesse lugar é impossível haver violência.
10) É essa falta de conexão com a Energia Divina
a responsável pela violência no mundo?
Eu gostaria de dizer desse jeito: eu
penso que temos tido a graça de escolher criar o mundo da nossa escolha. E
temos toda essa graça desse grande e abundante mundo para criar um mundo de
alegria e abundância. Para mim, a violência no mundo ocorre quando ficamos
alienados ou desconectados dessa Energia. Como ficarmos conectados se somos
educados para sermos desconectados? Eu creio que é nosso condicionamento
cultural e educação que nos desconectam de Deus, especialmente nossa educação
sobre Deus.
Walter Wink escreve sobre como as culturas de dominação usam
certos ensinamentos sobre Deus para manter a opressão. Eis porque Bispos e Reis
têm estado geralmente muito próximos. Os Reis precisaram dos Bispos para
justificar a opressão, para interpretar os livros sagrados de modo que
justificassem as punições, dominação e assim por diante.
11) Como vamos superar esse condicionamento?
Eu estou geralmente em meio a pessoas
com muita dor. Eu relembro de estar trabalhando com vinte Sérvios e vinte
Croatas. Algumas dessas pessoas tiveram membros de suas famílias mortos pelos
do outro lado e todos eles tinham gerações de veneno inoculado em suas cabeças
acerca do outro lado. Eles gastaram três dias expressando sua raiva e dor uns
aos outros. Felizmente nós dispúnhamos de cerca de sete dias.
Uma palavra que não tenho usado quando falo sobre isso é a
palavra ‘inevitabilidade’. Então, muitas vezes, tenho visto que não importa o
que tenha acontecido, se as pessoas se conectam de certo modo, é inevitável que
eles terminem gostando de se doar uns aos outros. É inevitável. Para o meu trabalho
é quase como assistir a um show de mágica. É muito lindo para caber em
palavras.
Mas algumas vezes essa Energia Divina não funciona tão
rápido quanto eu acho que deveria. Eu lembro de ter sentado ali, em meio a toda
aquela raiva e dor pensando “Energia Divina, se podes sanar toda essa confusão
por que estás demorando tanto, por que estás colocando essas pessoas nisso?” E
a Energia Divina me falou, e disse: “Você faz somente o que quer para se
conectar. Ponha sua energia nisso. Conecte-se e ajude às outras pessoas a se
conectarem e deixe-me cuidar do resto”. Mas apesar do que estava acontecendo em
uma parte do meu cérebro, eu sabia que a alegria era inevitável. Se pudéssemos
somente nos manter conectados com nossa própria Energia Divina e com as dos outros.
E aconteceu. Aconteceu com grande beleza. No último dia
todos eles estavam conversando sobre alegria. E muitos deles disseram: “Eu
pensava que nunca mais me sentiria alegre de novo depois do que passamos”. Esse
era o tema em todos os lábios. De modo que, naquela noite, vinte Sérvios e
vinte Croatas, que sete dias antes tinham somente uma dor inimaginável em
relação ao outro, celebravam a alegria de viverem juntos.
12) Nós conseguimos essa conexão com o outro
conhecendo a Deus?
Aqui eu quero ficar longe de
intelectualizar sobre Deus. Se ‘conhecer Deus’ significa essa íntima conexão
com a Amada Energia Divina, então nós ganhamos cada segundo quando
experimentamos o paraíso.
O céu que eu ganho conhecendo a Deus é essa inevitabilidade,
saber o inevitável, que não importa o que o inferno está fazendo, se temos esse
nível de conexão uns com os outros, e somos tocados pela Energia Divina uns dos
outros, é inevitável que apreciemos dar e receber da vida. Tenho tido esse tipo
de coisa tão completamente com as pessoas que não fico preocupado com nada
mais. É inevitável. Se conseguimos essa qualidade de conexão, estaremos onde
nos agrada.
Encanta-me quão efetivo isso é. Eu poderia lhes falar de
exemplos semelhantes entre os extremistas israelenses, tanto política como
religiosamente, e o mesmo do lado palestino, e entre os Hutus e Tutsis, e os
Cristãos na Nigéria. Com todos eles espantou-me como é fácil promover essa
reconciliação e cura. Uma vez mais, tudo o que nós temos que fazer é conectar
ambos os lados às necessidades do outro. Para mim as necessidades são o meio
mais rápido e íntimo de fazer conexão com a Energia Divina. Todo mundo tem as
mesmas necessidades. As necessidades existem porque estamos vivos.
13) Como você faz inimigos reconhecerem que eles
precisam se dar um ao outro?
Quando você faz as pessoas se
conectarem nesse nível é difícil manter aquela imagem de ‘inimigo’. A
Comunicação Não-Violenta em sua pureza é o meio mais poderoso e rápido que eu
encontrei para fazer as pessoas irem do jeito alienado de pensar onde elas
querem ferir uns aos outros, para desfrutarem de se darem uns aos outros.
Quando você tem duas pessoas em frente um do outro, Hutu e
Tutsi, e suas famílias foram mortas pelo outro, é espantoso que em duas ou três
horas possamos levá-los a nutrirem um ao outro. É inevitável. Inevitável. Eis
por que eu uso essa abordagem.
Encanta-me quão simples isso é dada a quantidade de
sofrimento que houve, e quão rapidamente isso pode acontecer. A Comunicação
Não-Violenta realmente cura rapidamente quando as pessoas experimentaram muita
dor. Isso me motiva a fazer isso acontecer mais rapidamente, porque o jeito que
estamos fazendo isso agora toma um bom tempo.
Como ter isso feito mais rapidamente com os outros 800.000
Hutus e Tutsis, e o resto do planeta? Eu gostaria de explorar o que poderia
acontecer se pudéssemos fazer filmes ou programas de televisão sobre esse
processo, porque tenho visto que enquanto duas pessoas seguem o processo com
outras pessoas olhando, acontece aprendizagem indireta, cura e reconciliações.
Então eu gostaria de explorar meios para usar a mídia para criar massas de
pessoas para rapidamente completarem o processo juntas.
14) Você tem encontrado algumas barreiras
culturas ou linguísticas nesse processo?
Espanta-me quão poucas e pequenas
elas são. Quando eu comecei a ensinar esse processo em outra língua, eu
realmente duvidei de que pudesse ser feito. Lembro-me da primeira vez, eu
estava na Europa, estava indo pela primeira vez a Munique e a Genebra. Minha
colega e eu duvidávamos que pudéssemos fazê-lo em outra língua. Ela estava indo
fazê-lo em francês e eu estaria lá para que ela me fizesse perguntas se alguma
coisa acontecesse. Eu estava indo para pelo menos tentar ver se poderíamos fazê-lo
com tradutores. Mas tudo funcionou muito bem, sem nenhum problema, e eu acho
que a mesma coisa ocorrerá em qualquer lugar. Então eu simplesmente não me
preocupo com isso, eu faço em inglês e você traduz e funciona bem. Não me
lembro de nenhuma cultura onde eu tenha tido mais que pequenos problemas, mas
não com a essência em si mesma. Não somente não tivemos problema, mas também
aconteceu de repetidas e variadas pessoas dizerem que isso é o que
essencialmente suas religiões lhes dizem. É coisa antiga, eles a conhecem, e
são gratos por essa manifestação, mas não é nada novo.
15) Você acredita que uma prática espiritual é
importante para praticar a não-violência?
Eu recomendo em todos os workshops
que as pessoas dediquem um tempo e se façam essa pergunta: “Como posso escolher
me conectar com outros seres humanos?” e para estarem tão conscientes quanto
possam sobre isso. Para se assegurarem que é sua escolha e não o caminho para o
qual têm sido programados a escolher. Finalmente, qual é o caminho que você
escolheria para conectar-se com outros seres humanos?
A gratidão também tem importante papel para mim. Se eu
expresso gratidão quando estou consciente da ação humana para a qual eu quero
expressar gratidão, a consciência de como me sinto quando a ação ocorre, se é
uma ação minha ou de outra pessoa, e quais necessidades minhas ela preenche,
então expressar gratidão me enche da consciência do poder que nós seres humanos
temos para preencher nossas vidas. Faz-me consciente de que nós somos Energia
Divina, que nós temos tal poder para fazer a vida maravilhosa, e que não há
nada que gostemos mais do que fazê-lo.
Para mim essa é uma poderosa evidência de nossa Energia
Divina, que nós temos esse poder para fazer a vida tão maravilhosa e que não há
nada de que gostemos mais. É por isso que parte de minha prática espiritual é
justamente estar cônsciente da gratidão.
16) Quão básica é
essa necessidade de dar de si ao outro?
Eu penso que a necessidade de
enriquecer a vida é uma das mais básicas e poderosas necessidades que nós todos
temos. Agora, outro meio de dizer isso é que nós necessitamos agir a partir da
Energia Divina dentro de nós. E eu acho que quando nós ‘somos’ essa Energia
Divina, não há nada de que gostemos mais, nada em que encontremos mais alegria,
que enriquecer a vida, que usar nosso imenso poder para enriquecer a vida.
Mas quando nós estamos tentando atender essa necessidade
nossa para ‘viver’ essa Energia Divina, tentando contribuir para a vida, há um
pedido que vem com ela. Nós pedimos pelo retorno de qualquer criatura cuja vida
estejamos tentando melhorar. Nós queremos saber de fato “Minha intenção e minha
ação estão sendo correspondidas”? Houve preenchimento?
Na nossa cultura, onde pedidos são distorcidos em nosso
pensamento de que temos a necessidade de que outra pessoa nos ame pelo que
temos feito, aprecie o que temos feito, nos aprove pelo que temos feito... isso
distorce e embota a beleza do processo inteiro. Não é sua aprovação o que
precisamos, nossa verdadeira intenção era usar nossa energia para enriquecer a
vida. Mas precisamos de retorno. Como vou saber se meus esforços foram bem
sucedidos sem ter nenhum retorno?
E eu posso usar esse retorno para me ajudar a saber se eu
estou me afastando da Energia Divina. Eu sei que estou me afastando da Energia
Divina quando eu valorizo a crítica mais que a gratidão.



Nenhum comentário:
Postar um comentário